domingo, 12 de julho de 2009

One more things about me

Eu Viviane Gomes Carvalho,
sou filha de pais separados
Mas que moram juntos
Sou quieta
Mas de dificil convivencia
Sou mais do tipo introvertida do que extrovertida
Tive mil e uma fases
Mas foi na do bom e velho Rock'n'Roll a que eu decidi ficar...
Sou escorpiana
Do tipo "bicho ruim"
Do tipo que não deixa nada barato
sou confusa e controversa
sempre coloco palvras inglesas quando estou falando
sempre tento não me estressar,
mas nunca consigo
Odeio ficar em cima do muro e
Odeio quando não encontro um lado pra ficar
sou adepta da frase "tá no inferno, abraça o capeta"
adoro perambular por aí
Sou amiga até que me traiam
Sou legal
Até que pisem no meu calo
Adoro comer besteiras
tenho uma tranquilidade inata quando NÃO é pra ser tranquila
Não acredito em acaso
Acho que tudo é feito de "maktub"
Adoro conselhos
Mas os ignoro quando o assinto sou eu
Leio mais do que escuto
Escrevo mais do que falo
Prefiro ficar pensando do que fazendo besteira
Não desperdiço achance de ficar calada
Com algumas excessões, é claro!
Nunca estou satisfeita
E nunca me conformo com nada
Sou perfeitamente incompleta ou
Talvez completamente imperfeita
Sempre busco a perfeição através dos meus erros
Mas sou do tipo que dificilmente se permite errar, num quase auto flagelo
Sou inconstante inadequada e incorreta
Adoro corrigir os outros
Nunca tenho noção de tempo e espaço
Cheia de neuras e manias
Já tive mania de perseguição
Amo com facilidade
Odeio com mais facilidade ainda
Sou do tipo agocentrica
Do tipo que se ama demais para se submeter-se
Sou cheia de histórias inventadas e verídica...
Só cabe a você decidir em qual deve acreditar!
Não tenho medo do escuro
Mas imagino um monte de coisas que não existem quando vou dormir;
Não tenho preconceitos
Mas acho que tem muita gente que merece levar uns "pedalas"
Sou do tipo que adora tirar fotos no banheiro de casa
Que ama ficar sozinha E que acima de tudo ama escrever.
Observadora e enigmática
Falo dos outros como se fossem a palma da minha mão
Mas falo de mim como um livro não lido e desconhecido
.

2 comentários:

Náhira Brunelle disse...

Adorei saber melhor sobre você! E identifiquei-me bastante contigo!!
Beijinhos, querida!

Rolando Palma disse...

Porque estava a água tão azul ?

Abriu os braços e deixou-se ir. O fundo do oceano chamava-a, num murmúrio silencioso que mais ninguém, para além dela própria, ouvia. Talvez fosse só o rebentar das ondas nos recifes de coral, à superfície; ou o rolar das conchas no fundo de areia, empurradas pela corrente. Ou talvez não fosse nada.
Um silêncio imenso, azul, tomou-lhe o corpo, enquanto se afundava devagar, contemplando a superfície luminosa das águas a afastar-se, cada vez mais distante, mais distante...
Era uma forma de partir, tal como outra qualquer.
Era uma forma de desistir, de renunciar ao sofrimento, de dizer basta à doença, de aceitar... que nem sempre se pode vencer.
Soltou as últimas bolhas de ar que ainda conservava consigo e ficou a vê-las subir, rumo à superfície... enquanto ela se afundava mais e mais, para uma água cada vez mais azul, rumo à escuridão.
O médico dissera-lhe: mais seis meses... talvez um ano, se tiver sorte...
Não era justo.
Tanta coisa ainda por fazer... tantos projectos inacabados... tantos sonhos por cumprir... e uma doença, seis meses de vida, talvez um ano? Se tivesse sorte?
Não era justo.
Mas a vida não tinha que ser forçosamente justa, pensou. Sentira as primeiras dores no mês anterior, e depressa compreendeu o que a esperava, nos tempos seguintes.
As dores repetiram-se, aumentaram de intensidade. O médico também a avisara disso. O próximo passo seria a cirurgia, a amputação, e depois... nem ela sabia o que seria o depois.
A falta de ar apertou-lhe o peito.
À sua volta, um bando de peixes coloridos parecia intrigado, pela presença daquele corpo inerte, afundando-se vagarosamente no oceano.
A vista turvou-se, misturando formas e cores numa aguarela confusa.
Deixou-se ir.
Algo a tocou. Abriu os olhos.
O que era aquilo?
Uma tartaruga? Nunca estivera assim tão perto de uma...
Passou-lhe a mão pela carapaça, lisa e escorregadia. Ela devolveu-lhe o gesto, debicando-lhe o braço frio. Só então reparou, quando a viu afastar-se.
O pobre animal já sofrera no corpo a investida de algum caçador, faltava-lhe um dos membros inferiores. Nadava desajeitada, em sucessivas curvas, mais devagar do que seria normal... mas mesmo assim, sobrevivera, e ainda continuava viva, nadando...
Ficou a vê-la afastar-se, rodeada por um séquito de pequenos peixes, como se de uma autêntica corte se tratasse.

Contemplou novamente a superfície esbranquiçada das águas, cada vez mais longínqua.
Valeria a pena?

Não sabia.
Sabia simplesmente que... tinha que tentar.
Abriu os braços e apontou à superfície. Podia já não ter ar suficiente... mas valia a pena tentar...