Eu Viviane Gomes Carvalho,
sou filha de pais separados
Mas que moram juntos
Sou quieta
Mas de dificil convivencia
Sou mais do tipo introvertida do que extrovertida
Tive mil e uma fases
Mas foi na do bom e velho Rock'n'Roll a que eu decidi ficar...
Sou escorpiana
Do tipo "bicho ruim"
Do tipo que não deixa nada barato
sou confusa e controversa
sempre coloco palvras inglesas quando estou falando
sempre tento não me estressar,
mas nunca consigo
Odeio ficar em cima do muro e
Odeio quando não encontro um lado pra ficar
sou adepta da frase "tá no inferno, abraça o capeta"
adoro perambular por aí
Sou amiga até que me traiam
Sou legal
Até que pisem no meu calo
Adoro comer besteiras
tenho uma tranquilidade inata quando NÃO é pra ser tranquila
Não acredito em acaso
Acho que tudo é feito de "maktub"
Adoro conselhos
Mas os ignoro quando o assinto sou eu
Leio mais do que escuto
Escrevo mais do que falo
Prefiro ficar pensando do que fazendo besteira
Não desperdiço achance de ficar calada
Com algumas excessões, é claro!
Nunca estou satisfeita
E nunca me conformo com nada
Sou perfeitamente incompleta ou
Talvez completamente imperfeita
Sempre busco a perfeição através dos meus erros
Mas sou do tipo que dificilmente se permite errar, num quase auto flagelo
Sou inconstante inadequada e incorreta
Adoro corrigir os outros
Nunca tenho noção de tempo e espaço
Cheia de neuras e manias
Já tive mania de perseguição
Amo com facilidade
Odeio com mais facilidade ainda
Sou do tipo agocentrica
Do tipo que se ama demais para se submeter-se
Sou cheia de histórias inventadas e verídica...
Só cabe a você decidir em qual deve acreditar!
Não tenho medo do escuro
Mas imagino um monte de coisas que não existem quando vou dormir;
Não tenho preconceitos
Mas acho que tem muita gente que merece levar uns "pedalas"
Sou do tipo que adora tirar fotos no banheiro de casa
Que ama ficar sozinha E que acima de tudo ama escrever.
Observadora e enigmática
Falo dos outros como se fossem a palma da minha mão
Mas falo de mim como um livro não lido e desconhecido
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2 comentários:
Adorei saber melhor sobre você! E identifiquei-me bastante contigo!!
Beijinhos, querida!
Porque estava a água tão azul ?
Abriu os braços e deixou-se ir. O fundo do oceano chamava-a, num murmúrio silencioso que mais ninguém, para além dela própria, ouvia. Talvez fosse só o rebentar das ondas nos recifes de coral, à superfície; ou o rolar das conchas no fundo de areia, empurradas pela corrente. Ou talvez não fosse nada.
Um silêncio imenso, azul, tomou-lhe o corpo, enquanto se afundava devagar, contemplando a superfície luminosa das águas a afastar-se, cada vez mais distante, mais distante...
Era uma forma de partir, tal como outra qualquer.
Era uma forma de desistir, de renunciar ao sofrimento, de dizer basta à doença, de aceitar... que nem sempre se pode vencer.
Soltou as últimas bolhas de ar que ainda conservava consigo e ficou a vê-las subir, rumo à superfície... enquanto ela se afundava mais e mais, para uma água cada vez mais azul, rumo à escuridão.
O médico dissera-lhe: mais seis meses... talvez um ano, se tiver sorte...
Não era justo.
Tanta coisa ainda por fazer... tantos projectos inacabados... tantos sonhos por cumprir... e uma doença, seis meses de vida, talvez um ano? Se tivesse sorte?
Não era justo.
Mas a vida não tinha que ser forçosamente justa, pensou. Sentira as primeiras dores no mês anterior, e depressa compreendeu o que a esperava, nos tempos seguintes.
As dores repetiram-se, aumentaram de intensidade. O médico também a avisara disso. O próximo passo seria a cirurgia, a amputação, e depois... nem ela sabia o que seria o depois.
A falta de ar apertou-lhe o peito.
À sua volta, um bando de peixes coloridos parecia intrigado, pela presença daquele corpo inerte, afundando-se vagarosamente no oceano.
A vista turvou-se, misturando formas e cores numa aguarela confusa.
Deixou-se ir.
Algo a tocou. Abriu os olhos.
O que era aquilo?
Uma tartaruga? Nunca estivera assim tão perto de uma...
Passou-lhe a mão pela carapaça, lisa e escorregadia. Ela devolveu-lhe o gesto, debicando-lhe o braço frio. Só então reparou, quando a viu afastar-se.
O pobre animal já sofrera no corpo a investida de algum caçador, faltava-lhe um dos membros inferiores. Nadava desajeitada, em sucessivas curvas, mais devagar do que seria normal... mas mesmo assim, sobrevivera, e ainda continuava viva, nadando...
Ficou a vê-la afastar-se, rodeada por um séquito de pequenos peixes, como se de uma autêntica corte se tratasse.
Contemplou novamente a superfície esbranquiçada das águas, cada vez mais longínqua.
Valeria a pena?
Não sabia.
Sabia simplesmente que... tinha que tentar.
Abriu os braços e apontou à superfície. Podia já não ter ar suficiente... mas valia a pena tentar...
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